SANDRA REGINA ANSELMINI
ELIANDRA GOMES MARQUES
GERENCIAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS:
O PLÁSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR
INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo identificar os fatores que ocasionam impactos ambientais gerados em diversos ambientes. Mostrar que grande parte dos resíduos é constituído de plástico, e que precisa ser reduzido, reutilizado e reciclado. Outros tipos de resíduos como orgânicos e papéis, também precisam ser trabalhados, separados e coletados, tendo seu destino final feito de forma adequada. Nesse sentido, busca-se conscientizar as pessoas para que contribuam de forma efetiva para ações sócioambientais.
O PLÁSTICO NO MEIO AMBIENTE
Resíduos sólidos, ou comumente denominados de lixo, são materiais heterogêneos (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitário, ambiental, econômico e estético.
Com o crescimento acelerado das metrópoles, do consumo de produtos industrializados e recentemente com o surgimento de produtos descartáveis, o aumento excessivo de resíduos tornou-se um dos maiores problemas da sociedade moderna. Isso é agravado pela escassez de áreas para o seu destino final.
Feitos de resina sintética originada do petróleo, os plásticos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, os plásticos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural. No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD).
A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.
No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis – e dificultam a compactação dos detritos.
2 O PLÁSTICO NA ESCOLA
A escola ocupa um lugar de destaque na formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. A promoção simultaneamente do desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental depende de ações planejadas, contínuas e permanentes.
As práticas educativas articuladas com a problemática ambiental são parte de um processo educativo que reforça um pensar da educação orientado para refletir a Educação Ambiental em um contexto de crise ambiental, de crescente insegurança e incerteza face aos riscos produzidos pela sociedade global. Por isso, a aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações do meio em que vivem aluno e professor.
Nesse sentido, a Educação Ambiental tem como objetivo propiciar novas atitudes e comportamentos face ao consumo na nossa sociedade e de estimular mudanças de valores individuais e coletivos.
A partir da coleta e levantamento de dados realizados nas escolas, constatamos que há coleta seletiva e que os resíduos são devidamente separados e recolhidos semanalmente pelo agente que, após juntar certa quantia de resíduos sólidos, vende-os para uma usina de triagem e reciclagem. Portanto, há ações efetivas de Educação Ambiental e que são contínuas e permanentes.
Também, na pesquisa, identificamos uma variedade de embalagens plásticas produzidas nas escolas:
embalagens de alimentos: PET's, óleo de cozinha, margarina, doces (de frutas, de leite), açúcar, arroz, farinha, sal, feijão e biscoitos, iogurte, macarrão e massas, salgadinhos, balas, chocolates.
embalagens de materiais de limpeza: detergentes líquidos e em pó, água sanitária, álcool, desinfetante para banheiro, esponja de aço e de louças, papel higiênico, de salsicha e de carnes, queijo e presunto, mortadela.
outras embalagens plásticas: sacolas, copos descartáveis.
Importante ressaltar que todos os produtos consumidos no ambiente escolar também são encontrados no ambiente doméstico.
Após o levantamento e coleta dos dados, foi possível delimitar a problemática: o alto consumo de produtos armazenados em embalagens plásticas. Isso é decorrência de fatores econômicos e mercadológicos, pois são mais baratos do que uma embalagem de vidro, por exemplo. As empresas e comércios, que optam por esse tipo de material e não outro, impõem ao consumidor sua aquisição.
Por isso, reduzir o consumo, optando por embalagens biodegradáveis ou de vidro, sacolas de pano, e reutilizar materiais contribuem para se evitar que maiores quantidades de produtos se transformem em lixo. Reciclando se prolonga a utilidade de recursos naturais, além de reduzir o volume.
3 ALTERNATIVAS VIÁVEIS
O Homem deve, imediatamente, tomar consciência que ao consumir de maneira não racional está agindo como se os recursos naturais fossem infinitos. A sociedade consumista baseia-se no aumento constante da produção e, consequentemente, do consumo. Com isso, cresce a degradação ambiental, em todas as suas formas, resultando na perda da qualidade de vida.
Contudo, elegemos quatro soluções para minimizar a problemática e que vem contribuir nas ações das escolas. O Homem precisa adotar um novo estilo de vida baseado na ética; resgatar e criar novos valores e repensar e modificar seus hábitos de consumo para, assim, viabilizar o desenvolvimento sustentável.
Nestas estão inseridos a promoção dos Rs, a adoção da preciclagem, oficina de reaproveitamento, palestras de sensibilização, mobilização da comunidade escolar, que são metodologias a serem empregadas. A Educação Ambiental é o instrumento principal para processar essas transformações.
Algumas ações já estão sendo postas em prática. As escolas municipais estão recolhendo embalagens PET para serem reaproveitadas na decoração natalina da cidade. Isso se dará por meio de oficina de artesanato com reaproveitamento de materiais. Também destacamos as ações de educação ambiental que, lentamente, sensibilizam alunos e professores para uma participação mais consciente no contexto da sociedade, questionando comportamentos, atitudes e valores, além de propor novas práticas.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BARRIERA, Diná Dornelles. Abordando a política dos 3R’s a partir dos hábitos e atitudes do dia-a-dia. Disponível em: http://www.revistaea.org. Acesso em: 16 jun. 2009.
COUTINHO, Sérgio. É sustentável o desenvolvimento sustentável?. Disponível em: http://www.ecolnews.com.br. Acesso em: 18 jun. 2009.
DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à Temática Ambiental. São Paulo: Gaia, 2002.
RESÍDUOS. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 18 jun. 2009.
SCANDIUZZI, Humberto Martins. Coleta seletiva. Disponível em: http://www.revistaea.org. Acesso em: 16 jun. 2009.
TRIGUEIRO, André. A farra dos sacos plásticos. Disponível em: http://www.ecolnews.com.br. Acesso em: 18 jun. 2009.
Material de aula sobre resíduos sólidos.
4 comentários:
Considero que a escola é um ponto de referência para a educação ambiental, todas as escolas deveriam ter os postos de recebimento de material reciclável e parceria com centros de coleta, incentivando os alunos a manterem a escola limpa e ainda fazendo a separação em casa e levando para a escola.
Abraços,
André
Também, concordo que as escolas deveriam ser um centro de coleta, mas parece que nossas crianças não estão tendo educação ambiental, quando consomem balas, doces, jogam a embalagem no chão, isso já deveria ser o começo que a escola deveriam ensinar, e seus familiares também.
Sem sombras de dúvidas que a escola é uma referência importante, entretanto, tem que haver uma conscientização das questões ambientais caso contrário não haverá sucesso. Considero primordial que logo na educação infantil seja iniciado projetos para questões ambientais, assim vejo que se tornaria hábitos naturais tanto na escola como em sua vida social.
Sem dúvida a escola é melhor referência quanto a conscientização com respeito a questões ambientais, introduzindo na base da educação estas atitudes e iniciativas ambientais,poderemos realmente ter esperanças de revertermos esta situação e termos um desenvolvimento sustentável, vale resaltar que para reciclar corretamente temos que lavar os recepientes adequadamente e não só separa-los.
Postar um comentário